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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Mina da Passagem e mais Ouro Preto

 
 
 
Para descer com a gente pela mina: http://youtu.be/_cFXrzfIKe0

A estrutura é precária, mas descer 120 metros para conhecer a maior mina de ouro do mundo não tem preço!! Na verdade tem, são R$ 30,00 por pessoa para ter o acompanhamento de um guia que mostra o interior da mina, seu lago de águas límpidas (mas contaminada por metais pesados) formado após a perfuração de um lençol freático e as pedras encrustadas nos quilômetros de túneis subterrâneos que ligam Ouro Preto à Mariana.
O lago é um dos maiores pontos de encontro de mergulhadores de cavernas no Brasil. Mas a mina também é um grande campo para pesquisadores que vem do mundo todo pesquisar os segredos e mistérios ainda não descobertos no seu interior.
Ao final do passeio a guia nos mostrou como é feito o trabalho final de mineração para separação do ouro.
Vale lembrar que esta febre do ouro comprometeu de tal forma a cidade de Ouro Preto, que a abertura desordenada de minas tornou o subsolo da cidade um verdadeiro "queijo suíço", por isso, novas minas não podem ser abertas e as atuais se esgotaram (já que é necessário retirar 1 tonelada de pedra para se obter apenas 4 gramas de ouro), além disso, veículos com mais de 6 toneladas não podem circular no perímetro urbano de Ouro Preto para proteger sua estrutura.




 

Aqui esta o vídeo da guia mostrando como obter o ouro: http://youtu.be/TZc__uO_hPg

Ouro Preto é uma cidade repleta de lojas de jóias. Você pode solicitar seu design com pedras de diferentes quilates, de ouro, de prata, etc, ou pode se perder nas infinitas opções das vitrines. Mas a lojinha na saída da mina era uma das mais baratas que encontramos.
Fiquei encantada especialmente com os anéis de topázio imperial, porque ele é uma pedra exclusiva de Minas, por isso, muito rara e cobiçada. Normalmente ela é meio âmbar ou amarelinha mesmo, mas a mais desejada são as pedras de topázio rosadas, lindas!!!

 
 

Voltando para o centro de Ouro Preto corremos para ver as últimas igrejas que não tínhamos conseguido visitar.
Lembrando que das 11 igrejas da cidade 5 estão passando por reformas (além do museu do Aleijadinho), conseguimos visitar 4 igrejas (e dar uma espiada dentro da de São José que estava em reforma).
A foto acima é da igreja de Nossa Senhora do Carmo e, ao lado, na casa aonde Aleijadinho residiu enquanto trabalhava na obra da igreja, funciona hoje o Museu do Oratório.
O Museu do Oratório é incrível por ter um amplo acervo que mostra a história e a evolução deste objeto que envolve e protege as imagens dos santos de devoção. Muito usado pelos viajantes, ele possuía tamanhos menores para ser carregado no bolso, tamanhos maiores para ser carregado pelos burros e, nas cidades, ganhou quase o status de capela. Como naquela época a construção de uma capela homologada pela igreja era muito burocrática, algumas casas optaram por ter uma sala de orações com um oratório enorme em seu interior.
É uma arte incrível e mostra a crença de pobres e ricos, viajantes e escravos, em santos que os livravam e ajudavam em momentos de desespero.
Claro que o oratório das donzelas carregava sempre a imagem de Santo Antônio para um bom casamento!
 




 Praticamente em frente da igreja de Nossa Senhora do Carmo fica a Casa da Ópera, o teatro mais antigo do Brasil (inaugurado em 1770) e que funciona até hoje.
Como não havia apresentações no dia que estávamos lá, fomos fazer a visita durante o dia, que nos permitiu subir ao palco, conhecer os camarins e ser muito bem recebido pela recepcionista que até colocou música para tocar e ajudar a recriar o clima do teatro.





 
Igreja Nossa Senhora do Pilar - na sacristia está o Museu de Arte Sacra do Pilar,
que reúne cerca de 8 mil peças dos séculos XVII ao XIX, além de documentos
e algumas das vestimentas usadas na celebração do Santíssimo Sacramento e Semana Santa.


Igreja Nossa Senhora do Rosário
A Igreja Nossa Senhora do Rosário é a padroeira dos negros. Esta igreja teve sua construção iniciada em 1785 pela Ordem dos Pretos do Rosário. Com fachada em forma circular, possui semelhanças com as igrejas germânicas ou do norte da Europa, porém, seu interior é bastante simples tornando sua planta oval e arquitetura mais clássica o destaque principal ao invés do entalhes barrocos que chamam toda a atenção em outras igrejas.
Os altares laterais, à direita de quem entra, são dedicados a Santa Helena, a Santa Efigênia e a Santo Antônio da Núbia, e os da esquerda de quem entra, a Nossa Senhora Mãe dos Homens, a Santo Elesbão e a São Benedito.
Ainda hoje não se sabe quem foi o responsável por este projeto tão ousado para a época.

interior da Igreja de Nossa Senhora do Rosário
- detalhe dos altares das irmandes nas laterais
E, para fechar com chave de ouro, encerramos o dia com um jantar no Grande Hotel, o único projeto moderno da cidade.
Projetado por Oscar Niemeyer, em vivo contraste com a harmonia do casario colonial do século XVIII, possui um restaurante aberto ao público com alguns quadros (silhuetas femininas, lógico) e projetos de construção do hotel expostos pelos corredores que dão acesso ao restaurante panorâmico.
 
 


 
 
 

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